Disponível também em versão e-book nas lojas:
Amazon | Kobo | Play Livros | Loja Apple
Um grupo de amigos decide reunir-se em
São Petersburgo,
um epicentro da história do
século 20,
para conferir o que sonharam a partir
dela,
ver se poderiam ter sonhado outros sonhos,
definir o que ficou de vez para trás e celebrar finais e recomeços.
Um deles segue na frente, a preparar o
encontro.
Seu primeiro embate será com o que vive naquele exato
instante,
feito de realidade e imaginário – como
todos.
São Petersburgo, na Rússia que virou URSS antes de voltar a ser Rússia, assim
como a cidade conheceu, ela mesma, outros tantos nomes, é o
cenário que um
grupo de amigos escolhe para um ajuste de contas de cada um consigo mesmo mais
do que com a História. Querem sonhar juntos e descobrir se sonhos coletivos
eram e são possíveis.
Decidindo viajar antes dos outros para acertar os detalhes da reunião, mas
sem um plano específico, Josep Marília descobre que uma primeira e insuspeitada
barreira a vencer, opaca de tão evidente, é o momento que vive naquele seu
próprio presente ao lado da amante ou namorada ou amiga. Se grande parte do
futuro “é inteiramente inacessível”, escreve Eric Hobsbawm, o passado – que
o grupo quer recuperar, reexaminar e voltar a sentir – não o é menos. Como o
presente. O choque entre tempos e sensibilidades, feito de prazeres
desencontrados tanto quanto compartilhados, de impasses multiplicados,
encerramentos e retomadas imprevistos, poderia ser um drama – mas revela-se
apenas uma variação da celebração esperada. E Josep Marília comemora-a, a seu
modo.
Puro Gesto, literatura de iniciação ao século 21.
Quando
tem de descrever-se, o autor opta pela expressão armador de
narrativas, nos vários sentidos de armador: aquele que dispõe
adornos para uma festa, prepara armadilhas, explora uma embarcação mesmo não
sendo seu proprietário, aquilo onde se prende uma rede de dormir, aquele
que trabalha com funerais ou que abastece um navio com equipamentos e que
fornece armas mesmo sem saber manejá-las. E não faz distinção entre narrativas
do tipo antes chamado de ficção, ou romances,e as ditas ensaísticas
ou teóricas, que não passam de diferentes janelas dando para a
realidade. Isso justifica, como diz, ter sido o narrador de História natural
da ditadura, Niemeyer um romance, Fúrias da mente, Colosso
ou de A cultura e seu contrário e eCultura, a utopia final‑ ou de
haver proposto narrativas para o Museu de Arte Contemporânea da USP, como seu
diretor, e para o MASP, na condição de
curador-coordenador. São narrativas de arte, política, arquiteturaou apenas
existenciais (como na expressão risco existencial). E tratou das
narrativas de outros, como Foucault, Artaud, George Perec, Georg Groddecke
Alejo Carpentier, a quem traduziu com Jean-Claude Bernardet (e com ele escreveu
uma narrativa dos Histéricos). No momento, arma narrativas sobre as
culturas e humanidades computacionais, mas não voltadas apenas para ela. São
várias, as armações possíveis.
Especificações Técnicas | |
Autor(a) | Teixeira Coelho |
Nº de páginas | 128 páginas |
ISBN | 9788573216226 |
Largura | 15,5 |
Altura | 22,5 |