Mito nazista, O
seguido de O espírito do nacional-socialismo e o seu destino
- Autor: Philippe Lacoue-Labarthe e Jean Luc Nancy
- Disponibilidade: Compra Antecipada
- R$ 40,00
Calcular Frete
Disponível também em versão e-book nas lojas:
Amazon | Kobo | Play Livros | Loja Apple
Pré venda | envio a partir de 10/07/2020
Tradução e organização: Márcio Seligmann-Silva
O mito nazista
de Philippe Lacoue-Labarthe e Jean-Luc Nancy contém uma pesquisa sobre a
ideologia nazista, cujo núcleo é localizado no racismo. A base dessa ideologia
foi a “identificação mítica”: “o mito, como a obra de arte que o explora, é um
instrumento de identificação. Ele é mesmo o instrumento mimético por excelência”, escrevem os autores. Esse mimetismo,
exige certos tipos (modelos) que devem
garantir a construção da identidade. No caso da Alemanha essa construção se deu
em oposição às nações “já formadas” como a França e a Itália (apesar de sua
unificação tardia). O específico da Alemanha consistiu, segundo os autores, na
sua identificação com uma Grécia mítica/mística que teria sido “descoberta” por
autores alemães no final do século XVIII (em oposição à Grécia “clássica” italiana
e francesa) e apresentada como o tipo a ser
imitado. É claro que Lacoue-Labarthe e Nancy são extremamente cuidadosos ao
apresentar essa tese: para eles o nazismo não deve ser simplesmente
identificado com as obras de Kant, Fichte, Hölderlin ou Nietzsche (todos
pensadores solicitados pelo nazismo) ou mesmo com o músico Wagner, assim como o
Gulag não está em Hegel ou em Marx.
A tese da origem
estética do mito nazista, desse mito como a busca de uma ontotipologia, de um
corpo primeiro de onde o corpo do “povo alemão” teria descendido, é
radicalizada por Philippe Lacoue-Labarthe no seu ensaio “O Espírito do
Nacional-socialismo e o seu Destino”. Lacoue-Labarthe vai além do diagnóstico
de Walter Benjamin que viu no nazismo a estetização da política e pregou então
a politização da arte como resposta. O autor apresenta aqui, a partir de uma
leitura de Heidegger, uma tese polêmica, ousada, segundo a qual haveria uma
identidade entre a Estética e a concepção mesma de ontotipologia que estava na
base do nazismo. 0 nazismo é revelado como concretização da ideologia Estética.
PHILIPPE LACOUE-LABARTHE (Tours, 6 de março de 1940 — Paris, 27 de janeiro de 2007) foi um
filósofo, crítico literário e tradutor francês. Labarthe foi professor de
Estética na Universidade de Estrasburgo — onde lecionou com Jean-Luc Nancy
(amigo e colega com quem publicou diversas obras) —, “homme de théâtre”,
crítico e germanista francês, especialista do pensamento de Martin Heidegger,
de Jacques Derrida e de Jacques Lacan, como também do romantismo alemão e de
Paul Celan.
JEAN-LUC NANCY (Caudéran, 26 de
julho de 1940), é um filósofo francês. A primeira obra de Nancy, Le titre de
la lettre, publicada em 1973, é uma visão sobre o trabalho do psicanalista
Jacques Lacan, escrita em conjunto com Philippe Lacoue-Labarthe. Suas maiores
influências são Martin Heidegger, Jacques Derrida, Georges Bataille, Maurice
Blanchot e Friedrich Nietzsche. É conhecido principalmente, por ter contribuído
para o debate acerca do conceito de comunidade e da natureza do político. Nancy
é professor emérito da Universidade de Estrasburgo.
Especificações Técnicas | |
Tradutor(a) | Márcio Seligmann-Silva |
Nº de páginas | 96 |
ISBN | 9786555190335 |
Largura | 13,5 |
Altura | 20,5 |