Tragédia da cultura, A
seguido de CULTURA, GRANDEZA NEGATIVA | Teixeira Coelho
- Autor: Georg Simmel
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- R$ 42,00
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Georg
Simmel (1858-1918) continua pouco lido e,
mesmo, ignorado — não raro, de modo intencional. O motivo é nítido:
desde o início revelou-se um pensador que não seguia os trilhos ideológicos
reconhecidos e abençoados, na universidade e fora
dela. No entanto, é
um pensador fundamental para a compreensão não apenas de seu tempo como do
mundo atual.
Em
A tragédia da cultura, sem perder tempo com
as ideias batidas e superficiais de cultura — derivadas de uma primeira
antropologia e em seguida postas a serviço da economia e da ideologia —, mostra
como a cultura é o percurso do ser humano rumo a si mesmo num processo de
ampliação constante de sua existência.
Mas não esconde que a cultura, hoje mais que nunca, aceita uma lógica que a afasta sempre mais daquilo
que poderia oferecer...
Georg
Simmel pensou fora da caixa, o que torna sem
sentido apresentá-lo como filósofo e sociólogo ou coisa análoga: mentes
poderosas transgridem fronteiras.
Simmel interessava-se por pensar o mundo e a vida, a pessoa e a arte, a cidade mais do que o
Estado, a cultura e sua fragmentação já naquele tempo. Antecedeu muita gente boa, como Walter Benjamin em seu interesse pela metrópole;
ou como Marshall McLuhan, ao mostrar como forma
(“meio”) e conteúdo (a “mensagem”)
interagem e determinam-se mutuamente.
E interessou-se por temas que a sociologia oficial da
época — e aquela em vigor ainda no século 20 por suas décadas todas e as do 21
— consideravam irrelevantes, secundários ou periféricos em relação à economia, como a
aventura,
a moda,
os sexos,
a coqueteria,
a personalidade de Deus, a cultura feminina. Para o pensamento dito
progressista duro, a questão das mulheres, das etnias, das
preferências sexuais seriam resolvidas depois que a revolução tomasse o poder e
resolvesse o básico. Quer dizer, nunca. Simmel sempre
considerou o sexo, o amor, a religião e arte como os verdadeiros pontos básicos. Mas
interessou-se também pelo dinheiro e sobre ele escreveu outra obra notável, Filosofia do
dinheiro,
que não trata de economia, nem do capitalismo tampouco do mercado, mas do
dinheiro,
“forma
pura da possibilidade das trocas.”
Seu
leque de temas pouco comuns à época,
antecedendo os estudos sobre a cotidianidade,
em linguagem também inovadora, foi um obstáculo para
uma carreira na universidade — como aconteceu com Walter Benjamin — mas dele
fez um farol para a reflexão contemporânea.
Esta tradução de uma de suas obras centrais — breve, forte e que atinge diretamente o alvo — é publicada com posfácio de Teixeira Coelho — Cultura, uma grandeza negativa — colocando as ideias de Simmel no cenário ocupado por pensadores e temas contemporâneos, o que inclui a entrada em cena da cultura computacional.
Georg Simmel (1858-1918) foi uma corrente de ar fresco sobre o pensamento alemão — o que lhe valeu exclusões mas também o papel de antecessor de Walter Benjamin no estudo da vida moderna em metrópoles. Recusando-se a submergir o indivíduo no meio da massa e do coletivo, colocou em evidência a importância da forma em interação com o conteúdo, ao qual ela não se submete (Marshall McLuhan disse o mesmo, mais tarde). Para Simmel, a vida é um fenômeno complexo e paradoxal definido por conflitos e contradições.
Teixeira Coelho fundou a Editora Documentos em 1969 e desde então divide seu tempo entre a arte, a cultura e a literatura, em iguais proporções. Depois de dirigir museus e centros de cultura, e organizar exposições no Brasil e no exterior, coordena hoje um grupo de estudos sobre Culturas e Humanidades Computacionais no Instituto de Estudos Avançados da USP.
Especificações Técnicas | |
Autor(a) | Georg Simmel |
Autor(a) | Teixeira Coelho |
Tradutor(a) | Teixeira Coelho |
Nº de páginas | 128 páginas |
ISBN | 9786555190700 |
Altura | 155x225cm |