eu, morto
memórias póstumas da quarentena
- Autor: Antonio Geraldo Figueiredo Ferreira
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- R$ 29,00
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eu, morto (poemas)
memórias póstumas da quarentena
antonio geraldo figueiredo ferreira
64 páginas | 14x21 cm
ISBN: 978-6-555-19056-4
morri
como pode
o outro mundo
este mesmo
aqui
se
eu
morto
por aí
sem saber
se
vivi
?
Inspirada
musa que tosse, tosse, tosse na pandemia
No livro eu, morto,
Antonio Geraldo Figueiredo Ferreira, apontado pela crítica como um dos
importantes nomes da literatura atual, mergulha em si e na perversa realidade
brasileira. Em outras palavras, aprofunda-se na pandemia para respirar com
redobrado vigor, sopro de uma consciência que se quer plena, à tona do
cotidiano e da história do país.
Vivo-morto, dramatiza
a condição que Brás Cubas rejeitara de modo singular: é somente um autor
defunto, tanto quanto seriam antecipados defuntos os brasileiros expulsos da
vida cidadã. Para esse deslocado autor-personagem, o isolamento não se dá nos
dias contados da epidemia, senão como processo que repete a quarentena de uma
prisão limítrofe da pele, e, ainda, o confinamento a céu aberto em país de graves
desigualdades.
O livro, entretanto,
não é mero inventário de desgraças subjetivas e sociais. Em cada poema,
percebe-se a força gaiata e revolucionária que boa parte do povo ‒
ou, mais precisamente, a parte boa do povo ‒
carrega, impondo-se na voz de um Mano Brow que, aos poucos, pela força da
cultura popular, emudeceria o próprio Mozart.
Em suma, o livro eu,
morto é e não é obra de circunstância, porque moldada pela história,
réquiem inacabado de brasileiros vivinhos da Silva.
Antonio Geraldo Figueiredo Ferreira, pela Iluminuras, publicou o romance as visitas que hoje estamos.
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Especificações Técnicas | |
Autor(a) | Antonio Geraldo Figueiredo Ferreira |
Nº de páginas | 64 |
ISBN | ISBN 978-6-555-19-056-4 |
Altura | 14x21cm |