Sou uma selva de raízes vivas
- Autor: Alfonsina Storni
- Disponibilidade: Em Estoque
- R$ 59,00
Calcular Frete
Disponível também em versão e-book nas lojas:
Amazon | Kobo | Play Livros | Loja Apple
Sou uma selva de raízes vivas (poemas)
Alfonsina Storni
Seleção, tradução e notas: Wilson Alves-Bezerra
Edição bilíngue (Português/Espanhol)
200 páginas | 15,5x22,5 cm
ISBN: 978-6-555-19053-3
A suíço-argentina Alfonsina Storni (1892-1938) – feminista,
poeta ao mesmo tempo irônica com o conformismo de homens e mulheres,
frontalmente avessa ao patriarcado e celebradora do exercício pleno da
sexualidade – já foi lida no Brasil, no início dos anos 1920. O primeiro a
comentar os eróticos poemas de seu livro Irremediavelmente (1919) foi
Monteiro Lobato, em resenha na Revista do Brasil. De um livro que
continha textos que desbancavam machos, como “Homenzinho miúdo” (“homenzinho
miúdo, eu te amei por meia hora, / não me peça mais.”) e outros sombriamente
sensuais como “Me atreverei a lhe beijar”, um desconcertado Lobato limitou-se a
elogiar sua “estranha eloquência, num luxo de imagens novas e expressões
vigorosas”. Entre os argentinos, o mesmo livro, na revista cultural Nosotros,
foi recebido com críticas frontais de Luis María Jordán; segundo ele, Alfonsina
é um (sic) poeta que não é: “para ser lido pelas jeunes filles em
longos momentos fastidiosos das tardes, mas sim por homens apaixonados e
violentos que tenham mordido da vida, alguma vez, com a mesma ânsia com a qual
se morde o coração de uma fruta madura”. Em 1925, nas páginas cariocas de O
Jornal, Tristão de Athayde, numa resenha sobre as poetas Gabriela Mistral,
Juana de Ibarbourou e Alfonsina Storni, qualifica esta última como a “menos
sadia” das três. O argentino Jorge Luis Borges, no mesmo ano, na revista Proa,
chegara a falar, de modo depreciativo, numa resenha sobre a poeta Nydia
Lamarque, da qual hoje poucos se lembram, que ela manejava bem seu sujeito poético,
“sem incorrer nem nas imprecisões nem nas gritarias de comadre que costuma nos
oferecer a Storni”. Foi nesse ambiente inóspito que Alfonsina Storni construiu
sua carreira, desde 1916, causando pânico nos reacionários, mordazmente
ignorando as críticas e celebrando o corpo e a poesia. A despeito de tantas
críticas, lançou sete livros de poemas e foi traduzida, em vida, para o francês
e o italiano; fez recitais em teatros lotados e em sindicatos de lavadeiras;
morreu célebre e reconhecida. Com esta antologia, sua obra retorna ao Brasil,
para ser relida, em edição bilíngue, e fazer frente a preconceitos das mais
diversas ordens. Que sua selva ecoe em nós.
Wilson Alves-Bezerra
Alfonsina Storni (Sala Capriasca, 1892 – Mar del Plata, 1938) foi a mais importante poeta argentina da primeira metade do século XX. Seus poemas trazem uma voz lírica feminina que coloca em cena o desejo da mulher, o que lhe rendeu inúmeras críticas de leitores e críticos conservadores. Muito celebrada em seu tempo, sua poesia circulava nos jornais e revistas do Rio da Prata e Espanha. Hoje, sua recepção se amplificou, pelas questões de gênero presentes em sua obra. No Brasil, esta é sua primeira antologia poética.
♥
|
Especificações Técnicas | |
Autor(a) | Alfonsina Storni |
Tradutor(a) | Wilson Alves-Bezerra |
Nº de páginas | 200 páginas |
ISBN | 978-6-555-19053-3 |
Altura | 15,5x22,5 |