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CULTURA E SEU CONTRÁRIO, A

TEIXEIRA COELHO

  • R$ 75,00

As duas últimas décadas do século XX viram ascensão da ideia de cultura a um duplo primeiro plano: o das políticas públicas e o do mercado, neste caso de um modo ainda mais intenso que antes.

O papel de cimento social antes exercido pela ideologia e pela religião, corroídas em particular na chamada civilização ocidental, embora não neutralizadas, foi sendo gradualmente assumido pela cultura, tanto nos Estados pós-coloniais como, em seguida, nas nações subdesenvolvidas às voltas com os desafios da globalização e decididas ou resignadas a encontrar na identidade cultural uma válvula de escape.

Do lado do mercado, o vertiginoso crescimento do audiovisual (cinema, vídeo, música) colocou a cultura numa situação sem precedentes no elenco das fontes de riqueza nacional.

E a esse cenário, no primeiro ano do século XX, os atentados terroristas realizados em território norte americano acrescentaram novos elementos. A questão cultural assumiu contornos inéditos que expuseram seus componentes de negatividade ali onde antes se costumava enxergar apenas positividades. Antigas concepções de cultura revelam-se inadequadas, ao mesmo tempo em que um processo de domesticação da cultura faz com que seja necessário redefini-la diante de pelo menos uma outra dimensão humana antes por ela abrangida: a arte.

“Nem tudo é cultura”; “Uma cultura para o século (tudo fora de lugar, tudo bem)”; “Uma cultura enfim leiga”; “Cultura é a regra; arte, a exceção” são os temas deste livro que penetra por caminhos poucos habituais do pensamento sobre a cultura.



Inteligência humana: tão artificial quanto a outra

Fonte: Folha de S. Paulo

Como condenar o passado sob as normas de hoje?

Agora parece ser a vez de Paul Gauguin. A National Gallery de Londres abriu uma mostra dele, e um audioguia do museu pergunta aos visitantes se “será hora de deixar Gauguin de lado de vez?”. Por quê? Porque nos trópicos Gauguin teve amantes menores de idade —indício, não?, de que se aproveitou de sua “posição de poder” (qual, à época?) para ter o sexo que quisesse.

Pior: Gauguin usava as palavras “selvagem” e “bárbaro” nos títulos de suas telas e escritos. Seria, pois, hora de cancelar Gauguin, assim como se cancela a assinatura de um jornal com ideias diferentes das nossas e como Stalin mandava cancelar, de fotos oficiais, a imagem de ex-aliados caídos em desgraça. Era a cultura do cancelamento, antes como agora.





Autor(a) Teixeira Coelho
Nº de páginas 160
ISBN 978-85-7321-298-3
Formato 16x23 cm

Autores

TEIXEIRA COELHO

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